Segundo o boletim, o sinal é mais claro nas faixas etárias a partir de 18 anos até o momento. "Como os dados laboratoriais demoram mais a entrar no sistema, é esperado que os números de casos das semanas recentes sejam maiores do que o observado nesta atualização, podendo inclusive aumentar o número de estados em tal situação", explica Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Gomes alerta que não é possível afirmar que o crescimento nos estados esteja relacionado especificamente com as novas sublinhagens da Covid-19, como a BQ.1. Na terça-feira (8), a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou a primeira morte em decorrência de contaminação pela nova subvariante da ômicron.
No cenário geral, a atualização mostra estabilidade dos casos de SRAG na tendência de curto prazo (últimas três semanas) e queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas), com sinal de interrupção do crescimento na faixa etária de 0 a 4 anos que se observou ao longo do mês de outubro.
Testes positivos em alta.
Dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) apontaram que, na última semana de outubro, os testes de farmácia para Covid-19 voltaram a apresentar taxas de positividade de 20,75%. No consolidado do último mês, outubro terminou com 7.986 testes positivos – 13,26% do total e 44% acima dos indicadores de setembro.
A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) também registrou uma alta na positividade: saltou de 3,7% para 23,1%, entre o começo de outubro e primeira semana de novembro.
Outro levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostra que a taxa de exames positivos para a doença em laboratórios particulares passou de 3% para 17% em menos de um mês — um salto de 566%.
G1.