Com a proximidade do São João, um dos assuntos que ganham grande repercussão, além das programações juninas das cidades baianas, são os cachês cobrados pelos artistas no período. Na cidade de Ipirá, por exemplo, o valor de R$ 300 mil cobrado por Murilo Huff, gerou indignação de parte da população da cidade.
Mas, um dos fatores que tem chamado atenção do Ministério Público da Bahia (MP-BA) é a variação dos valores de uma mesma atração em cidades diferentes. Nesta quarta-feira (14), o órgão lançou um painel que apresenta investimentos municipais com festas juninas.
O lançamento da ferramenta contou com a presença de promotores de Justiça, chefes e representantes dos Tribunais de Contas do Estado (TCE) e dos Municípios (TCM), dos Ministérios Públicos de Contas junto ao TCE e TCM, União dos Municípios da Bahia (UPB), União das Controladorias Internas do Estado da Bahia (Ucib), além de prefeitos e secretários de diversos municípios.
Em dados acessados pela reportagem, é possível ver variações de cachês para shows de artistas conhecidos, como é o caso de Thiago Aquino, Jonas Esticado, Forró do Tico, entre outros. "Essas distorções pontuais devem ser analisadas com bastante cautela, pois podem ser justificadas pelos gestores", frisa a promotora Rita Tourinho, em contato com a reportagem.
Duas das variações mais chamativas, identificadas pela reportagem, são em shows do cantor Jonas Esticado e do Forró do Tico. O sertanejo, por exemplo, foi contratado por R$ 90 mil para se apresentar no dia 25, no município de Araci. Já no dia seguinte, o valor do cachê para show na cidade de Presidente Jânio Quadros é de R$ 200 mil.