Na sessão de hoje, a recomposição salarial dos funcionários do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) foi o tema central das discussões na Câmara Municipal. O vereador Lelo protagonizou um momento tenso ao dar dois tapinhas no ombro do colega vereador Cristiano do Taxis, que havia pedido vistas ao processo.
A revolta de Lelo é compreensível. Ele questionou por que os servidores da autarquia estão sendo massacrados na busca pela recomposição salarial, quando esse direito é legítimo. Segundo Lelo, tudo está claro, e o vereador Cristiano parece estar apenas querendo causar confusão.
Lelo também criticou a postura de Cristiano, perguntando por que ele não havia pedido vistas na primeira votação se havia alguma dificuldade em compreender o processo. Para Lelo, isso evidencia que há uma perseguição ou algum motivo oculto por trás das ações do colega.
Em tom provocativo, Lelo declarou: “Que dificuldade há em aprovar um aumento de apenas 5% para os trabalhadores braçais, para a classe que realmente trabalha duro? Será que se fosse um aumento para os ‘barões’, haveria tanta resistência?”
Além disso, Lelo não poupou críticas ao prefeito. Ele lembrou que todos esperavam que o vereador desse seu voto no Projeto dos R$ 30 milhões, mas ele acabou atrasando a votação com o pedido de vistas.
O pedido de vistas, segundo Lelo, é uma manobra para atrapalhar o andamento dos projetos na casa legislativa. Ele ressaltou que todos os vereadores recebem os documentos com antecedência e que não ler o material é sinal de preguiça.
Por fim, Lelo apontou que o prefeito também tem sua parcela de culpa. Para ele, esse não é um assunto para ser compartilhado com os edis. O prefeito poderia ter aprovado a recomposição salarial por decreto, usando sua inteligência política para capturar os votos necessários.
Enquanto a discussão continua, os vereadores que votam contra a recomposição salarial parecem estar cavando um pouco mais suas próprias sepulturas políticas.