A organização afirma abominar “o abuso de menores” e considera isso “um crime”.
Entretanto, publicações apoiam práticas que dificultam a punição. A revista “A Sentinela – Anunciando o Reino de Jeová”, por exemplo, serve como um manual para os anciãos da congregação. Em uma das versões afirma que são necessárias, no mínimo, duas testemunhas para que se inicie uma audiência jurídica dentro da igreja contra um acusado de abuso sexual de menores.

“Essa regra possui conotação manifestamente discriminatória contra mulheres e meninas e proporciona que o agressor continue praticando essa modalidade de crime hediondo”, explica a Promotora de Justiça (MP-SP) e Presidente do Instituto Pró-Vítima, Celeste Leite dos Santos.
De acordo com ela, como o crime que ocorre na clandestinidade, dificilmente existirão testemunhas.